quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Na Chuva






Te espero na chuva
Segurando meu coração na ponta dos dedos
Giro mil vezes o anel que tenho em um deles
Olho o relógio da estação
Será só mais uma ilusão?
Cidade cinza, gotas frias
E nada de você
As pernas já não param, aflitas
É a insegurança de quem não quer mais sofrer
Sinto pequenos chuviscos em meus cílios
Será que logo mais eles estarão encharcados de tristeza?
De repente ali, ao lado da banca de jornal, avisto você
Olhos castanhos, procurando sorriso aliviado
Nos aproximamos e em um segundo estamos aquecidos num abraço
Que sorte a minha, sentir sua respiração apressada tão de perto!
Beijo seus olhos molhados, e sei que não é culpa dos pingos que caem do seu cabelo
Um longo suspiro intercala seu riso e te seguro mais forte entre meus braços
A chuva aperta
E nesse instante posso sentir que parte de mim sou eu
E outra parte, finalmente, é inteiramente você.












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